Assembleias sempre causam um certo desconforto. Todavia, é possível e muito importante a participação nesses casos.
Embora o ambiente seja propício para discussões acirradas, é também o espaço ideal para tomar decisões sobre o destino das áreas comuns.
Entre as campeãs da discórdia, estão os assuntos referente as despesas, encanamentos (infiltrações), barulho, crianças, animais de estimação e vagas de garagem.
Já publiquei sobre garagem nesse LINK.
Para que as reuniões condominiais ocorram de forma produtiva, não se deve tratar de animosidades pessoais e de assuntos que não digam respeito à coletividade. Isso é um desrespeito aos demais membros, que igualmente pretendem discutir temas que alterem a rotina de sua família ou interferem diretamente na valorização de seu patrimônio.
As diferenças individuais devem ser tratadas isoladamente, e se não solucionadas, devem ser tratadas em outras esferas.
Afinal a Assembleia não pode ser obstruída de fazer o seu papel fundamental: discutir e deliberar assuntos de interesse geral.
Sendo assim, é hora de rever alguns conceitos e comportamentos e, sobretudo tirar algumas lições:
- As assembleias têm que ser frequentes e objetivas.
- Devem ser discutidos poucos assuntos de cada vez.
- Assuntos particulares devem ser debatidos fora da pauta e discutidos pelos envolvidos.
- A pauta da reunião deve ser disponibilizada antes das reuniões, para que possa ser examinada e, assim agilizar as questões e resoluções sobre os temas a serem debatidos.
É necessário destacar que as votações das reuniões condominiais são democráticas e nem sempre unânimes. Ou seja, a parte que teve sua vontade não aprovada deverá respeitar a vontade da maioria. Isso é democracia e assim vive-se em comunidade.
Acompanhar a evolução dos acontecimentos e das decisões é dever de todos. Mas o espírito deve ser agregador. Isso é participar e contribuir com a comunidade, em todos sentidos: ampliar as benfeitorias e preservar o patrimônio comum.
É preciso compreender que só é possível a convivência pacífica e harmônica, quando o esforço é direcionado para o bem comum.
Krishnamurti, pensador indiano contemporâneo, em suas reflexões expressa que a solução dos problemas da sociedade não depende exclusivamente das leis: “O homem vive procurando novas formas de governo, novas leis sociais, supondo que a reforma das fórmulas externas lhe resolverá os problemas, esquecendo-se, todavia, de que ele é que precisa reformar-se, sendo mais humano, mais compreensivo e mais leal. Quando ele se reformar não precisará de lei ou de suas reformas”.